tag:blogger.com,1999:blog-82984502296680519332024-03-13T05:27:32.058-07:00NutracêuticosIdentidade, Qualidade e Rotulagem sob o Olhar da Saúde Pública.Blog LabConsShttp://www.blogger.com/profile/14239732660289649150noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-41011056920175045572012-06-18T19:24:00.000-07:002012-06-18T19:30:23.209-07:00Remédio proibido pela Anvisa é vendido livremente na internet<div style="color: #351c75;">
<b>A Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a fabricação, distribuição, comercialização e uso do remédio desde 2009. Na embalagem não consta o nome do fabricante, nem a fórmula do medicamento. </b><br />
<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwdags6luK376c46S82Eq59l4ueKqJ_YrXjYD8rKf_8dVy9s26ChgpnNvKpxGCgmykDM1kfD9UKRyZOtrKqVA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um remédio proibido pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, está sendo usado livremente por brasileiros para tratamento da dor. O medicamento não é encontrado em farmácias, mas tem venda livre na internet. </div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
As dores da tia de Iracema eram muitas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até se levantar da cama era um sacrifício: “Ela chorava de dores. Se pendurava em uma cortina da casa dela para levantar da cama e ir ao banheiro”, lembra a manicure Iracema Lira.
Então alguém sugeriu que ela desse determinado remédio a Tia. Quem indicou o medicamento informou que era natural , dava alívio imediato e não tinha efeitos colaterais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O medicamento não está à venda em farmácias, nem tem aprovação da Anvisa, mas basta um telefonema para que se torne possível comprar quantos comprimidos o interessado quiser. Os números estão disponíveis na Internet.
A Anvisa, porém, proibiu a fabricação, distribuição, comercialização e uso do remédio desde 2009.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na embalagem não consta o nome do fabricante, nem a fórmula do medicamento.
Os resultados rápidos do remédio despertaram a desconfiança da Universidade Federal de São João Del Rey, em Minas Gerais,
“Não é comum remédios naturais apresentarem um efeito tão rápido assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não foi identificado nada de natural nele. Fizemos todos os testes possíveis e encontramos duas substâncias químicas sintéticas no produto”,diz o Farmacologista João Máximo de Siqueira.
Ainda de acordo com o pesquisador, a fórmula nem é a mesma nas diversas regiões do Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O clínico geral Marcelo Tayah alerta para o uso de antiinflamatórios sem acompanhamento médico: “Os antiinflamatórios fortes agridem o estômago, causando gastrite, úlcera e tem potencial também de lesão nos rins, podendo causar uma insuficiência renal aguda e um efeito cardíaco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já a cortisona, que é uma outra categoria de antiinflamatório, quando usada a longo prazo, pode causar efeitos como osteoporose, diabetes, hipertensão arterial, lesões de pele, como estrias”.
Dona Iracema parou de dar o remédio à tia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Fonte: Bom Dia Brasil - Edição do dia 18/06/2012<br />
Disponivel em: <a href="http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/06/remedio-proibido-pela-anvisa-e-vendido-livremente-na-internet.html">http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/06/remedio-proibido-pela-anvisa-e-vendido-livremente-na-internet.html</a>Malane Milheirohttp://www.blogger.com/profile/09976453501581822265noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-42857364997998582332011-12-01T10:45:00.000-08:002011-12-01T10:49:32.456-08:00Livre de Glúten<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxbSkzWCbPH_Tz48MMciTIb13EL2aBOzggOXy3RLyDieILamULOCnRrzvAlPEYwxbtstRqVWD_bP_JA5AqIBg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Na Universidade de Viçosa, em Minas Gerais, dona Maria passou a integrar um projeto que atende às necessidades nutricionais dos portadores da doença. Ela fez uma revolução na alimentação. Ela revela que as dores sumiram.<br /><br />Sem prevenção, além das dores, a doença celíaca pode causar até câncer de intestino. “Na minha família, várias tias faleceram com câncer de intestino depois dos 70 anos”, conta dona Maria.<br /><br />Os celíacos representam apenas 1% da população. Mas em torno de 20 milhões de brasileiros não chegam a ser doentes; eles têm apenas sensibilidade ao glúten. Isto é, todo tipo de pães e massas podem causar desconforto no intestino e enxaquecas.<br /><br />No projeto da Universidade de Viçosa, os pacientes usam um chá de ervas e trocam receitas sem glúten para combater a dor. “Eu tenho até receita de um bolo que ela mesma não tem ainda. Eu vou trazer para ela”, ri dona Maria.</div><br /><br />Fonte: Globo Repórter.<br />Disponível em:<a href="http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2011/11/pessoas-sensiveis-gluten-recorrem-projeto-para-mudar-alimentacao.html">http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2011/11/pessoas-sensiveis-gluten-recorrem-projeto-para-mudar-alimentacao.html</a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-62051950475675256422011-12-01T10:36:00.000-08:002011-12-01T10:48:51.919-08:00O antiinflamatório Chá<div style="text-align: center;">Chá simples e natural tem propriedades anti-inflamatórias<br />A bebida é feita com canela em pau, erva-doce e semente de mostarda. Atletas relataram menos dores musculares depois de exercícios pesados.<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz9qsdvDTEq8_WVwBo4rU4HBIT14gBzBQfQbnGneKAjDFXBh03xGK1nqQr2y9m-i6aVTopZ2YSlgG6DMtFatg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Na pesquisa com atletas, feita durante três meses, eles relataram menos dores musculares depois de exercícios pesados. Substâncias fenólicas, que são liberadas na água quente do chá, diminuem os processos inflamatórios, reduzindo as dores.<br /><br />Para a pesquisadora, o estilo de vida mais saudável adotado por dona Nilza foi fundamental para que o chá fizesse efeito. Sozinho, ele não faz milagres.<br /><br />“Se eu estou sentindo dores de cabeça habitualmente, tem alguma coisa errada no meu organismo. Então o chá não vai resolver, mas habitualmente vai auxiliar e amenizar os sintomas. Enquanto isso, eu tenho por obrigação minha, se eu quero me sentir bem, investigar o porquê da minha dor”, reforça a nutricionista.<br /><br />O chá deve ser consumido todos os dias. Nos homens, o efeito é mais rápido. Nas mulheres, leva até três meses. Ela recomenda o uso de sachês, feitos de gaze. E diz que uma xícara por dia é o bastante. Em excesso, até pode fazer mal.</div><br /><br />Fonte: Globo Repórter.<br />Disponível em:<a href="http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2011/11/cha-simples-e-natural-tem-propriedades-anti-inflamatorias.html">http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2011/11/cha-simples-e-natural-tem-propriedades-anti-inflamatorias.html</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-68485020481686280912011-09-13T14:38:00.000-07:002011-09-13T14:48:15.479-07:00Suplementos de óleo de peixe atrapalham tratamento contra o câncer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-eUygASljgYU/Tm_PjjjQrMI/AAAAAAAAAL8/KtmdoQjhyak/s1600/oleo_peixe_reduz_risco_cancer_mama.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 316px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-eUygASljgYU/Tm_PjjjQrMI/AAAAAAAAAL8/KtmdoQjhyak/s400/oleo_peixe_reduz_risco_cancer_mama.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5651964267118767298" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">Estudo diz que esses produtos reduzem o poder da quimioterapia</span><br /><br />Os ácidos graxos ômega 3 e 6 podem reduzir a capacidade da quimioterapia de atacar tumores. Por isso, pacientes com câncer não devem ingeri-los, segundo estudo de cientistas holandeses.<br /><br />Os suplementos de óleo de peixe, ricos nestes ácidos graxos, são amplamente vendidos em todo o mundo e promovidos como uma forma de melhorar a saúde cardíaca e cerebral.<a name='more'></a><br /><br />No entanto, cientistas do Centro Médico de Utrecht (UMC Utrecht), da Universidade da Holanda, dizem que ácidos graxos similares bloquearam o efeito de um determinado tipo de quimioterapia em testes com animais.<br /><br />Emile Voest, oncologista do UMC Utrecht, diz que, enquanto não forem feitos novos estudos sobre o assunto, o recomendável é que “esses produtos não sejam utilizados por pessoas em tratamento com quimioterapia”.<br /><br />Voest supervisionou a pesquisa, que demonstrou que um tipo de quimioterapia, chamada cisplatina, usada com frequência para tratar cânceres de pulmão, bexiga, ovário e testículo, se torna impotente com a presença de dois tipos de ácidos graxos produzidos pelas células-tronco no sangue.<br /><br />Esses ácidos graxos, conhecidos como PIFAs, são produzidos pelo corpo e também estão presentes nos suplementos de óleo de peixe.<br /><br />Em testes realizados em ratos com tumores na pele, os cientistas descobriram que os animais que receberam injeções de ácidos graxos, em quantidades descritas como "uma quantidade normal de óleo de peixe", se tornaram insensíveis à quimioterapia.<br /></div><br /><br />Fonte: R7-12-09-2011<br />Disponível em: <a href="http://noticias.r7.com/saude/noticias/suplementos-de-oleo-de-peixe-atrapalham-tratamento-contra-o-cancer-20110912.html">http://noticias.r7.com/saude/noticias/suplementos-de-oleo-de-peixe-atrapalham-tratamento-contra-o-cancer-20110912.html</a>Malane Milheirohttp://www.blogger.com/profile/09976453501581822265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-88956547250665450172011-04-26T13:31:00.000-07:002011-04-26T13:41:57.207-07:00Suplementos alimentares podem trazer sérios riscos à saúde<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">Conheça os riscos para a saúde de quem usa produtos não liberados para a venda no Brasil. </span><br /><br /><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyhR4cwSqYdnMog7cZ_1DjqyHtSm1nlv-wKYQEkIyLOTUcHDfhIcPRzMkiKabddDjjlKiXJUZSBFiNx6p4HWw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Na pressa de ganhar músculos, frequentadores de academias de ginástica recorrem a produtos que são vendidos irregularmente como suplementos alimentares, mas contêm substâncias perigosas e que podem provocar dependência. É no esforço excessivo que está o perigo. <a name='more'></a><br /><br />“Eu tive uma sensação de estar com o maxilar preso e com a gengiva presa, como se fosse um bruxismo mesmo. É aquela ansiedade. Uma sensação muito ruim”, diz Emilia de Almeida, analista de sistemas.<br /><br />Com mais carga e velocidade na bicicleta veio susto: "Você tem a sensação de que não consegue fazer a respiração completa. Você sente que tem alguma coisa te prendendo. O coração fica trabalhando loucamente de maneira artificial, de uma forma que ele não está preparado", conta.<br /><br />Emilia tomou um desses suplementos, que, de acordo com o rótulo, inclui aminoácidos e várias outras substâncias. Essa combinação não obedece à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que ainda não avaliou o produto. Por isso, ele não tem registro para comercialização no Brasil.<br /><br />As substâncias que aparecem na fórmula do produto podem acelerar as batidas do coração, aumentar o fôlego, relaxar os músculos, ampliar as sensações de prazer e de bem estar. São promessas de efeitos que costumam cobrar um preço alto do organismo. Além do mais, algumas dessas substâncias podem provocar dependência.<br /><br />"Porque contém substâncias como admetilamelanila, que é uma substância utilizada em descongestionantes nasais; também contém substâncias como derivados de benzoziazepinicos, que são usados como calmantes, que também podem causar dependência", explica Daniel Arkader, médico.<br /><br />Os efeitos colaterais mais frequentes de um desses produtos são:<br />- sensação de formigamento nos pés e nas mãos<br />- aslterações de pressão arterial<br />- taquicardia<br />- enjoo<br />- tontura<br />- desmaio<br />- dor de cabeça<br /><br />Um professor de educação física, que não quis se identificar, conta que também teve insônia. Ele revela que comprou o produto numa academia.<br /><br />"A primeira porta de entrada são essas substâncias. Antes deles tomarem alguma coisa futuramente ser possivelmente um asteróide ou um anabolizante, ele começa com essas coisas", declara.<br /><br />O sonho do corpo perfeito a qualquer custo pode fazer vítimas nas academias. “A pessoa sai de um aparelho e diz que está tonta, que está vendo tudo preto. São efeitos dessa suplementação”.<br /><br />"É um mercado milionário hoje. A grande preocupação é que elas vendem sem receita médica e sem orientação de um profissional. As pessoas compram porque elas compram um sonho", declara Victor dos Santos Júnior, profissional de educação física.<br /></div><br /><br /><br /><br />Fonte: Jornal Hoje - Edição do dia 25/04/2011<br />Disponível em: <a href="http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/04/suplementos-alimentares-podem-trazer-serios-riscos-saude.html">http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/04/suplementos-alimentares-podem-trazer-serios-riscos-saude.html</a>Malane Milheirohttp://www.blogger.com/profile/09976453501581822265noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-71668599298950467382010-07-25T15:24:00.000-07:002010-07-25T15:29:35.975-07:00Quitosana e Cartilagem de Tubarão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://docs.google.com/document/edit?id=1HCLv99W-I2T7tsTE6n1pqf11Lxr2LwQrLJzbWFw6Vj8&hl=en"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 360px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_2Wrv2wrv0Qg/TEy6eqjszVI/AAAAAAAAAJo/6zejCL24qlA/s400/Quitosana+e+Cartilagem+de+Tubar%C3%A3o.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5497974281095400786" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-5496363553303948562009-11-01T16:43:00.000-08:002009-11-01T17:02:18.384-08:00MÉTODOS PARA FIBRA DIETÉTICA: Codex Alimentarius<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_zTiCbJwdr8o/Su4rikeCh2I/AAAAAAAAACo/vb59bLVlerA/s1600-h/codex+ingles.bmp"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_zTiCbJwdr8o/Su4rikeCh2I/AAAAAAAAACo/vb59bLVlerA/s320/codex+ingles.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399300876169021282" border="0" /></a><b><br />Estão em fase final os trabalhos (<i>step</i> 7) do Comitê de Nutrição e Alimentos para Fins Dietéticos Especiais (NFSDU) do <i>Codex Alimentarius Comission - </i>tratando de "Métodos para Fibras Dietéticas". Essa Lista de Métodos, que está na pauta da próxima reunião do Comitê (Dusseldorf, 2 a 6 Nov 2009), vem sendo produzida por um Grupo de Trabalho comandado pela França, com a participação da Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, México, Nova Zelândia, Suécia, Reino Unido e EEUU, bem como da AAF, AIDGUM, CIAA e ILSI. Tal documento pode ser encontrado em:<br /></b><br />Espanhol:<br /><a href="https://docs.google.com/fileview?id=0B8x2WjTZOiDVN2E5N2Q3ODEtNTVhMy00MDcwLWE2ZmMtZDc1NjYzMWE5ZDQ4&hl=en">https://docs.google.com/fileview?id=0B8x2WjTZOiDVN2E5N2Q3ODEtNTVhMy00MDcwLWE2ZmMtZDc1NjYzMWE5ZDQ4&hl=en</a><br /><br />Inglês:<br /><a href="https://docs.google.com/fileview?id=0B8x2WjTZOiDVZjdkYmJiYjAtYmQ2Yy00Y2I1LWE0MWMtODZmYWFkZDU2OTQ1&hl=en">https://docs.google.com/fileview?id=0B8x2WjTZOiDVZjdkYmJiYjAtYmQ2Yy00Y2I1LWE0MWMtODZmYWFkZDU2OTQ1&hl=en</a>Rafaela Vieirahttp://www.blogger.com/profile/04409066795200372083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-59227814653283252822008-08-24T02:16:00.000-07:002010-11-04T18:07:37.516-07:00<span style="font-size: 85%;"><b><br />
</b></span><br />
<div align="center"><b><span style="color: #2a6119; font-size: 180%;">Nutracêutico: do definir ao regulamentar<br />
</span></b></div><b> </b><br />
<hr /><b> <span style="color: #2a6119;"></span></b><span style="color: #2a6119;"></span><br />
<div align="right"><span style="font-size: 78%;">Revista Riopharma - Ano XI - número 47<br />
</span><span style="color: grey; font-size: 78%;">Jan/Fev - 2002<br />
</span><span style="font-size: 78%;">CRF, Rio de Janeiro.<b><i><br />
OPINIÃO<br />
</i></b></span></div><span style="font-size: 78%;"><b><i> </i></b></span><br />
<div align="center"><span style="font-size: 78%;"><b><i>Luiz Eduardo Carvalho e Mirian Ribeiro Leite Moura *<br />
</i></b></span></div><b><i> </i></b><br />
<hr /><b><i> <span style="font-size: 85%;"><br />
</span><span style="font-size: 130%;"><u>Definir antes de Normatizar<br />
<br />
</u></span></i><span style="font-size: 130%;"></span><span style="font-size: 85%;">Quais são e como agem os Nutracêu-ticos? Isso nos perguntam consumidores e estudantes. Estes últimos, algumas vezes acrescentam uma terceira pergunta: "dá para me emprestar tudo que você tem sobre isso?". As perguntas são diretas e objetivas, expressando a expectativa de que assim sejam também nossas respostas, além de curtas e imediatas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">No caso, e para esse tipo de público, uma primeira resposta poderia ser algo como: "nutracêutico é um termo que vem sendo usado para um conjunto de substâncias que se situam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo não apenas nutrientes tradicionais, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos ou ácidos graxos poliinsaturados, mas também não-nutrientes como as fibras, além de uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, como o licopeno do tomate, o resveratrol do vinho, os fitoesteróis da casca da uva, os lactobacilos vivos e os anti-oxidantes, que podem estar presentes, ou não, em alimentos - então, muitas vezes, por isso denominados alimentos funcionais - sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que em ensaios bioquímicos ou fisiológicos".</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">O problema é que essa extensa resposta - além de conduzir a um mundo de subjetividades e contradições, típicas daquela área cinzenta, não bem delimitada, onde os nutracêuticos se situam - até pode atender a uma efêmera e preliminar curiosidade de consumidores, mas não sustenta, nem orienta, as medidas que devem ser tomadas pelos profissionais envolvidos com a questão, que devem, pelo menos, regulamentar a fabricação, a rotulagem e a propaganda destes produtos.</span></b><br />
<a name='more'></a><b><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Para este tipo de demanda, é preciso uma resposta ainda mais longa e detalhada, fazendo uso de termos bem definidos e com referências a categorias melhor delimitadas. Entretanto, seja pelo atual estágio do nosso conhecimento, seja pelo modelo explicativo que vem sendo adotado, tal resposta não está disponível, nem parece se anunciar no horizonte próximo.</span><br />
<br />
</b><br />
<div align="center"><b><span style="color: blue; font-size: 85%;"><i>"Nutracêutico é um termo usado para um conjunto de substâncias que se situam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo (...) uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, (...) sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que</i></span><span style="font-size: 85%;"> </span><span style="color: blue; font-size: 85%;"><i>em ensaios bioquímicos</i></span><span style="font-size: 85%;"> </span><span style="color: blue; font-size: 85%;"><i>ou fisiológicos".</i></span><br />
<br />
</b></div><b> <span style="font-size: 130%;"><i><u>Industrialização demanda Regulamentação</u></i><u><br />
<br />
</u></span><span style="font-size: 85%;">Podemos, contudo, reconhecer que existe uma crescente evidência e um forte consenso entre pesquisadores científicos - a partir de dados epidemioló-gicos, ensaios clínicos e conhecimentos modernos da bioquímica nutricional _ acerca de uma acentuada conexão entre a dieta e a saúde.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Essa evidência incluiria não apenas fenômenos imediatos ou de curto prazo, mas também o desenvolvimento e controle de manifestações de natureza crônica. Certos constituintes particulares dos alimentos - tanto nutrientes como não-nutrientes - apresentariam capacidade de afetar diversos fatores de risco para doenças.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Não se trata - nem deveria ser assim pensado - de uma descoberta recente, embora seja notório que novas descobertas científicas, assim como novas tendências sócio-culturais, têm levado a uma maior oferta e a uma maior procura por essas substâncias ditas "nutracêuticas".</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Que muitos alimentos exercem algum papel funcional, na gênesis, na prevenção e mesmo na cura de várias doenças, isso foi permanentemente reconhecido ao longo da história da civilização, constituindo fenômeno cultural muito antigo. O que é recente e desperta atenção, demandando ações sanitárias, não são essas substâncias ou alimentos, nem a percepção pública sobre a relação delas com a saúde e a doença. O fenômeno novo é a produção industrial, em escala planetária, dessas substâncias que, embora muitas vezes de origem e natureza alimentar, são colocadas no mercado como formulações farmacêuticas, seja em termos de formato e de embalagem, seja também em termos de canais de comercialização.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Desse fenômeno de mercado emerge, como desdobramento espontâneo, uma demanda pela elaboração de normas e padrões que regulem a identidade e qualidade dos produtos industrializados, bem como seu comércio, rotulagem e propaganda. E isso não apenas para proteger a saúde do consumidor e a economia popular, mas igualmente para regulamentar a competição entre empresas e para instrumentalizar as ações dos órgãos governamentais encarregados das funções de registro e inspeção.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 130%;"><i><u>Definições internacionais</u></i><u><br />
<br />
</u></span><span style="font-size: 85%;">Embora "nutracêutico" (ou nutraceuticals) seja um termo hoje internacionalmente reconhecido, a verdade é que ainda não existe um consenso sobre o seu significado.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">A bibliografia internacional informa que, em 1996, a Foundation for Innovation in Medicine (FIM), ofereceu a seguinte definição para "nutraceutical" (De Felice, 1996): "<i>a food or parts of foods that provide medical-health benefits including the prevention and/or treatment of disease. Such products may range from isolated nutrients, dietary supplements and diets to genetically engineered `designer' foods, functional foods, herbal products and processed foods such as cereals, soups and beverages"</i>.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Ou seja, "entende-se por Nutracêutico um alimento ou parte de alimentos que oferecem benefícios medicinais, incluindo a prevenção e/ou tratamento de doenças. Tais produtos abrangem, de nutrientes isolados, suplementos nutricionais e produtos dietéticos, até alimentos <i>engenheirados</i> ou "desenhados" através da genética, passando por fitoquímicos e ainda por alimentos tais como bebidas, sopas e cereais.".</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Já a Agência de Saúde do Canadá, por outro lado, assume que "um nutracêutico é um produto isolado ou purificado de alimentos, o qual é vendido sob forma medicinal não usualmente associada com alimento. Um nutracêutico demonstra ter benefício fisiológico ou fornece proteção contra uma doença crônica".</span><br />
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</b><br />
<div align="center"><b><span style="font-size: 85%;"><i>"Enquanto os novos alimentos ambicionam ser vendidos no varejo farmacêutico, os novos "medicamentos" ambicionam ser vendidos nos supermercados e outros pontos de varejo de alimentos, o que parece reflexo natural do conceito adotado para o produto: algo no meio do caminho entre alimento e medicamento".<br />
<br />
</i></span></b></div><b><i> <span style="font-size: 130%;"><u>Obstáculos para a Definição e Normatização</u></span></i><span style="font-size: 130%;"><u><br />
<br />
</u></span><span style="font-size: 85%;">A existência de muitas designações em conflito constitui, também, outro obstáculo para a Normatização. Além do termo "nutraceutical", são também facilmente encontrados termos como: functional food, medical food, healthy food, designed food e muitos outros, chegando quase a duas dezenas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">As companhias farmacêuticas parecem preferir termos como medical foods, nutraceuticals e functional foods, enquanto as indústrias de alimentos estariam optando por nutritional foods e functional foods. Enquanto as primeiras fazem uso de um approach pelo enfoque da medicina, estas últimas, de alimentos, priorizam o approach nutricional em suas definições de produto e suas campanhas de marketing.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Outro conflito já bem visível é que enquanto os novos alimentos ambicionam ser vendidos no varejo farmacêutico, os novos "medicamentos" ambicionam ser vendidos nos supermercados e outros pontos de varejo de alimentos, o que parece reflexo natural do conceito adotado para o produto: algo no meio do caminho entre alimento e medicamento.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;">Tudo isso já não pode ser visto, nem pensado, então, como uma questão semântica subalterna. Parece óbvio que a construção do conceito - e seus conseqüentes desdobramentos, principalmente em termos normativos - mexe com um vasto e complexo conjunto de interesses empresariais, o que complica e dificulta o processo de normatização que, já do ponto de vista estritamente técnico-científico, era por demais complexo e dificultoso.</span><br />
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<br />
<span style="font-size: 85%;"><i><u>Literatura Consultada</u></i><u></u></span></b><span style="font-size: 85%;"><u></u></span><u><br />
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</u><span style="font-size: 85%;">1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Aprova o regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Resolução nº 18, de 3 de dezembro de 1999.<br />
<br />
2. CÂNDIDO & CAMPOS. Alimentos Funcionais - Uma Revisão. Bol. SBCTA, v.29, n.2, p.107, 1995.<br />
<br />
3. DEFELICE, S. L. The need for a research-intensive nutraceutical industry: what can congress do? (the claims research connection). In S. Shaw (Ed.), Functional food, nutraceutical or pharmaceutical? 15-26 p. London:IBC, 1996.<br />
<br />
4. NANCY, M. Functional Foods and Market Entry. The World of Ingredients, out/nov, p. 36, 1994.<br />
<br />
5. PARK, Y.K. et al. Recentes Progressos dos Alimentos Funcionais. Bol SBCTA, v.31, n.2, p.200, 1999.<br />
<br />
6. PETER FÜRST. Moderated discussion. American Journal of Clinical Nutrition, v.71, n.6: 1688S-1690S, June, 2000.<br />
<br />
7. ROBERFROID, M.B. What is beneficial for Health? The Concept of Functional Food. Food and Chemical Toxicology, n.37, p.1039, 1999.<br />
<br />
<br />
</span><span style="font-size: 78%;"><b><i>* Luiz Eduardo Carvalho (luizeduardo @ufrj.br) é Professor do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da Faculdade de Farmácia da UFRJ.<br />
<br />
Mirian Ribeiro Leite Moura (mmirian @gbl.com.br) é Professora do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da Faculdade de Farmácia - UFRJ e Presidente do CRF-RJ.</i></b><br />
</span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8298450229668051933.post-15883442486621685742008-07-13T12:00:00.000-07:002010-11-04T18:07:07.035-07:00É natural, então não faz mal?<a href="http://bp2.blogger.com/_Xwc2VlgeWyc/SHpRFPPWNFI/AAAAAAAAAAM/qDF6iLY1Hig/s1600-h/000352P0556911G.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222575868321608786" src="http://bp2.blogger.com/_Xwc2VlgeWyc/SHpRFPPWNFI/AAAAAAAAAAM/qDF6iLY1Hig/s320/000352P0556911G.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a> <br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">Esse é um exemplo de produto nutracêutico, ele é composto de parte de um alimento processado (casca de maracujá torrada e pulverizada), porém é vendido na farmácia, incorporado em uma forma farmacêutica (cápsulas), possui dose, posologia e indicação terapêutica (leia mais no texto que segue), mas não tem bula e não exige prescrição.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><o:p></o:p></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 0px;"></span>Apesar de todo aspecto “medicamentoso e terapêutico” que apresenta, ele é registrado como alimento, o que, realmente, ele não deixa de ser. O que o famoso dito popular diz: “é natural, então não faz mal”, basta para justificar o fato desse produto poder ser vendido nessas condições?<span style="font-size: 0px;"> </span>Isso se aplica nesse caso?<span style="font-size: 0px;"> </span>Como e por que isso acontece? O que a legislação brasileira dispõe sobre isso?</div><a name='more'></a><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 0px;"></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">Tentaremos discutir essas questões sob a ótica científica de profissionais farmacêuticos, analisando os aspectos farmacológicos e regulatórios que regem essa classe de substâncias utilizando como exemplo ilustrativo o produto supra citado. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A primeira dúvida que surge ao escutarmos o termo “nutracêuticos” sai naturalmente: o que eles são? O próprio nome nos leva a diversas interpretações, “nutra” deve vir de alimentos e “cêuticos” de farmacêutico, ou seja, é um “alimento que faz bem”? Nesse caso, que seriam então os alimentos funcionais? É a mesma coisa chamada por nomes diferentes? O que determina então a utilização de um nome ou outro?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt;"><span style="font-size: 0px;"></span>Aparentemente “nutracêuticos” foi um termo criado para definir e classificar, assim podendo regular uma classe de produtos que já estava sendo lançada no mercado e amplamente consumida. Esses eram os produtos naturais vendidos em farmácias com um fim terapêutico, mas que não eram medicamentos fitoterápicos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Não é de hoje que inúmeras tentativas de se definir esse tipo de substâncias vêm sendo feitas, e na maioria das vezes elas se vêem frustradas, pois deixam de incluir algo aqui ou ali, não abrangem determinadas classes ou não dão a esses produtos a importância devida (leia mais sobre isso no artigo do <a href="http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/ld_lec_nutraceuticos.htm">LabConS</a>).<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Como não há ainda na legislação brasileira uma definição exata para tais termos, poderíamos tentar uma diferenciação baseada na tese de MORAES F. P. e COLLA, L. M., que discute esse assunto (<a href="http://www.farmacia.ufg.br/revista/_pdf/vol3_2/artigos/ref_v3_2-2006_p109-122.pdf">clique aqui</a> para ver o texto).<span style="font-size: 0px;"> </span>Essa tese sugere que alimentos funcionais são “alimentos combinados com moléculas biológicas ativas, que irão afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo agindo preventivamente, além de possuir efeitos nutricionais”. Já os nutracêuticos, são “alimentos ou parte de alimentos que irão proporcionar benefícios médicos e de saúde, para prevenir e/ou tratar doenças. Podem ser desde nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas, ate os produtos herbais e alimentos processados como cereais, sopas e bebidas.” <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Por essa definição poderíamos classificar o nosso produto como um nutracêutico, pois é um alimento (oriundo de uma fruta) vendido sob forma de cápsulas com um fim terapêutico, que é a diminuição do nível de colesterol, auxílio no bom funcionamento do sistema gastro-intestinal e no tratamento de diabetes (hipoglicemiante). <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Ué, mas se é tão bom assim e se tem comprovada ação farmacológica, por que então nutracêutico e não medicamento? Essa é a questão que você deve estar se perguntando. O fato é que no Brasil é muito mais simples registrar um alimento do que um medicamento. Como pode ser visto na <a href="http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=107">Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999</a>, o registro de um alimento exige muito menos documentos, ensaios e comprovações do que o de um medicamento, que no caso seria fitoterápico, regido pela <a href="http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=10230">RDC nº 48, de 16 de março de 2004</a>, que pede, por exemplo, declaração da definição botânica no rótulo, o que não se vê no produto acima.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Apesar de essa legislação estar disponível para consulta do público na <a href="http://www.anvisa.gov.br/">página da ANVISA, </a>é sabido que os potenciais consumidores desse tipo de produto não irão procurá-la e como não há na legislação nada que impeça a comercialização desses alimentos com “cara de medicamento”, os fabricantes se utilizam desse artifício para<span style="font-size: 0px;"> </span>tornar o seu produto mais atraente, ou seja, que aparente mais com algo que pode ter uma ação terapêutica.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Outro artifício utilizado na tentativa de conquistar o consumidor é a declaração “produto natural”, constante nesse rótulo. Com isso nada foi afirmado sobre o mecanismo de ação desse produto no organismo (claro, pois se tem ação farmacológica tem um mecanismo), mas apóia-se na crença popular de que o que é natural não faz mal. Ora, se tem uma ação farmacológica pode ter certeza de que terá um efeito colateral associado. Não existe produto, nem intervenção humana nenhuma capaz de imitar perfeitamente a natureza, portanto se altera uma função em um local (que pode ser entendida como benéfica), a mesma função exercida em outro local do organismo pode ser prejudicial. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nesse contexto, vale ressaltar que o mecanismo de ação sugerido pelo próprio produto diz “que ao ser ingerida pelo organismo forma um gel, dificultando a absorção de carboidratos, da glicose produzida no processo digestivo e também, das gorduras”. Ou seja, dificulta a absorção de nutrientes essenciais do organismo e não precisa ser nenhum especialista para concluir que o uso indiscriminado pode gerar uma desnutrição.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Por fim, para concluir, podemos afirmar que o fato de um nutracêutico ser a princípio um produto natural esse fato não o isenta da necessidade de uma legislação que o obrigue a declarar não somente suas ações terapêuticas, mas também os possíveis efeitos colaterais. E tendo isso em vista, nota-se a deficiência da legislação brasileira na regulação desses produtos e a necessidade da criação de normas mais rígidas de controle visando o bem estar da população.<span style="font-size: 0px;"> </span><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><b>Referências Bibliográficas:<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">ANVISA - Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes, constante do anexo desta Portaria.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p>ANVISA - Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico de procedimentos para registro de alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p>ANVISA - Resolução RDC nº 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span>Artigo - MORAES F. P. e COLLA, L. M<span style="font-family: ArialMT;"> / Revista Eletrônica de Farmácia Vol 3 (2), 99-112, 2006</span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p>Página LabConS - <a href="http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/ld_lec_nutraceuticos.htm">http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/ld_lec_nutraceuticos.htm</a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p>Produto - <a href="http://www.lojamais.com.br/emp_MostraProd.asp?codProduto=55691">http://www.lojamais.com.br/emp_MostraProd.asp?codProduto=55691</a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Por Mariana Vieira e Tatiana Duboc</div>Unknownnoreply@blogger.com12